Empresa aposta em nacionalização de peças para reduzir em 35% custo de tecnologias em mobilidade

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Tecnologias em mobilidade fabricadas pela Velsis no Paraná poderão ter uma redução de custo em sua comercialização de até 35% para o próximo ano. Isso porque a empresa responsável pelo desenvolvimento de produtos como o doppler e  laço indutivo – que capturam informações referentes à presença e tempo de passagem dos veículos, informações estatísticas e diferentes tipos de infrações de trânsito – estão sendo fabricadas com tecnologias substitutas e peças nacionais que permitirão torná-las  seu custo ainda mais acessível.

Entre as exigências para que os produtos possam ser comercializados com novas matérias-primas, ambos os dispositivos passaram, na última semana, por testes coordenados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), a pedido da Velsis, fabricante brasileira localizada no Paraná. Durante dois dias foram realizados diferentes ensaios de desempenho. O ensaio em campo em um aeroclube que testou os equipamentos em diferentes velocidades nas vias;   ensaio em fábrica com testes metrológicos que simulam a velocidade mínima e a máxima em bancada e o ensaio por vídeo /amostragem com com 50 carros, 50 veículos pesados e 50 motos em via pública. 

“Estamos aperfeiçoando a tecnologia e reduzindo custos. O objetivo é torná-las mais acessíveis o laço virtual e doppler, ambos utilizados em segurança no trânsito”, afirma, Guilherme Araújo,  especialista em mobilidade e diretor-presidente da Velsis,  empresa responsável pela fabricação das tecnologias que detectam por exemplo, veículos acima da velocidade permitida, parada sobre faixa de pedestres, avanço de semáforo no vermelho, fluxo em contramão e conversão proibida. 

Além disso, equipamentos em teste já conseguem detectar, se necessário, o número de pessoas dentro dos veículos e comportamentos como o uso de celular. Os equipamentos conseguem registrar tudo o que estiver até uma distância de 100 metros antes e depois  do seu ponto de instalação com muita precisão, diferentemente dos radares que utilizam apenas sensores no chão.

Entre as vantagens do método não intrusivo  que estão em fase de testes para entrarem no mercado com preços mais acessíveis é que eles também evitam a destruição do pavimento para instalação dos sensores, a paralisação da via para manutenção e gastos desnecessários aos gestores públicos

Testes no Inmetro

O procedimento do Inmetro consiste na instalação dos instrumentos que serão testados na via e no monitoramento por vídeo de todo o trânsito durante um período de tempo. Após isso, é feita a comparação dos veículos que foram detectados pelo instrumento sobre ensaio com a filmagem do trânsito realizada durante o ensaio.

Outra etapa importante do processo – já realizada – é o ensaio de desempenho feito na bancada, com instrumento e simulador, e que avalia os veículos na  mínima e  máxima velocidade, sem interferência nenhuma. Além disso, fizemos o exame geral, que compara todas as partes do instrumento com os desenhos que irão sair na portaria. Também é a etapa em que se afere a precisão do produto.

Conforme prevê a resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) todas as tecnologias em mobilidade, incluindo os radares, devem ser homologadas por portaria do Inmetro e devem ser aferidas periodicamente. O sistema capta altas distâncias e atende até quatro faixas de carros. O Inmetro é uma autarquia federal, vinculada à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, que atua por meio da adoção de que tem como missão  prover confiança à sociedade brasileira nas medições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação da conformidade.

“É uma das tecnologias mais avançadas do mundo. Os sensores têm alcance de centenas de metros e monitoram todo o trajeto percorrido pelo veículo, permitindo aos agentes públicos monitorar e avaliar tendências de comportamento dos condutores, bem como autuar – se houver desrespeito e legislação vigente”, explica Guilherme Araújo, presidente da Velsis, empresa de soluções em mobilidade que possui o maior número de equipamentos não intrusivos instalados no Brasil. Ao todo, são mais de 1699 faixas monitoradas e 731 equipamentos instalados em diferentes cidades.

Bastidores de P&D

Teste de produto para validação do Inmetro

Com Guilherme Sabin

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